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2.6.20

5 coisas: maio 2020

5 coisas: maio 2020

Maio sempre foi o meu mês favorito, todos os anos. Contudo, este ano, não foi. Após 2 meses de quarentena, começou o desconfinamento, o mundo começou lentamente a voltar ao normal, os raios de sol começaram a aparecer, o calor, e a esperança que o dia em que voltaremos a chegar às nossas rotinas banais chegará. Foi uma lufada de ar fresco numa quarentena que foi dura, mas não foi o suficiente para colocar este maio à altura dos outros. 

Isto é capaz de soar ingrato tendo em conta as coisas boas que caracterizaram o meu mês de aniversário, mas é a mais pura das verdades. Ainda assim, se medir as coisas pelo cenário atual de uma pandemia, maio continuou a brindar-me com a sua magia, quebrando a letargia que o confinamento me deixou e substituindo-o por dias mais alegres em que penso que, mesmo quando o mundo está o caos, eu continuo a ser privilegiada, sobretudo pelas pessoas que tenho na minha vida, que foram as responsáveis por todas as surpresas que tive neste mês. 


5 coisas que aconteceram


1. Um aniversário em quarentena: Tal como já suspeitava em março, o meu aniversário foi em quarentena. Foi atípico, sem dúvida alguma, mas também foi comovente ver o quanto as minhas pessoas se esforçaram para que fosse o mais parecido possível com o que teria sido se nada disto tivesse acontecido. Calhou no último dia de quarentena, o que significa que nem do concelho podia sair, pelo que toda a celebração foi feita com muita ajuda das tecnologias, mas nem por isso me senti menos ligada, muito pelo contrário, até me senti mais. E com a promessa que já faltava pouco para os ver presencialmente, custou menos.

2. Começaram os reencontros: Após uma semana de desconfinanento - decidi esperar uma semana não fosse a coisa correr mal e voltar tudo ao mesmo, mesmo que possa ser pessimista, uma pessoa tem que prevenir - começaram finalmente os reencontros com todos aqueles que mais ansiei ver nos últimos dois meses, sempre com os devidos cuidados, claro. Deu para matar as saudades e foi a principal motivo de alegria do meu mês.

3. Motivação a voltar lentamente ao normal: Isto de não ter saído de casa durante 2 meses deixou-me com um cérebro de banana. Porém, este mês, com o sol e o facto de já poder sair para mais sítios está a fazer a minha motivação e os meus níveis de produtividade regressarem lentamente ao normal. Acho que até o simples facto na televisão já transmitirem mais coisas para além de COVID COVID anima um bocado - prefiro mil vezes mais ter debates de desporto em barulho de fundo (sim, porque televisão comigo é só quando não me apetece ter a casa demasiado silenciosa).  Eu até fiz muito durante a quarentena, mas nada comparado com o que fazia antes. Bem, o importante é que agora o desgaste psicológico já não se faz tanto sentir e, aos poucos, estou a recuperar o ânimo com que comecei 2020 - embora já não vá ser o ano que todos esperámos que fosse, ainda há maneiras retirar algo bom dele.

4. Um verão sem idas à praia: Apesar de já ter ido visitado familiares, feito passeios mais longos que o habitual (principalmente noturnos, aquele ar fresquinho de uma noite de verão sabe mesmo bem), tenho feito um desconfinamento de modo meio contido. A verdade é que não tenho grande interesse em ir a certos sítios até a pandemia passar, porque não é a mesma coisa com todas as medidas de segurança que têm de ser cumpridas. E um desses sítios são as praias. Por esta altura, num ano normal, eu já teria posto os pés na areia pela primeira vez e aberto oficialmente a minha época balnear porém, este ano, não estou a ver isso a acontecer. Para começar, eu em épocas normais já abomino demasiadas pessoas por metro quadrado de areia - graças a Deus que aqui no Norte não enchem assim tanto, pelo menos não como no Sul. E agora que a malta toda apanhou-se desconfinada, têm ido aos milhares! Nahh, este ano não me apanham na praia. No máximo, assim na loucura, poderei dar umas caminhadas por lá mais para o final do verão, mas não vou estar lá estendida na toalha. Paciência, há muitos outros locais mais sossegados onde poderei aproveitar para repor os meus níveis de vitamina D.

5. A apoiar negócios locais: Para quem, como eu, bem ao estilo dos introvertidos, prefere evitar as multidões nos primeiros tempos de desconfinamento, há formas de fazer com que essa escolha não afete a economia, principalmente os negócios locais que a pandemia deixou em risco. Os take-aways  e compras de bolos em cafés para trazer para casa têm sido, para já, a minha principal aposta - até para matar saudades de todas as gulosices que não pude comer na quarentena e o que não falta em Braga são cafés e restaurantes. Dizem que os sabores estão ligados a memórias e, neste momento, dão-me uma sensação de normalidade. 


5 coisas que adorei


1. Revenge of the 90s Home: Antes da pandemia se instalar, eu ia ver os "Revenge of the 90s" na noite do meu aniversário, já os tinha visto no Enterro da Gata o ano passado e a minha expetativa num espetáculo próprio deles era ainda maior. Infelizmente, tal não chegou a acontecer, mas este espetáculo pelas redes sociais chegou quase à altura do que seria ao vivo. Talvez seja um bocado injusto eu compará-lo aos que aconteceram previamente na quarentena, porque obviamente os outros artistas não tiveram outra possibilidade para fazê-lo que não nas suas próprias casas. O que é certo é que, graças ao início do desconfinamento, este grupo de noventeiros teve a possibilidade de brilhar mais, ao fazê-lo num estúdio - sempre com o distanciamento social assegurado - o que abriu um leque de todo um novo tipo de interações, nomeadamente a partilha de ecrã com os fãs, os ecrãs verdes para efeitos especiais e, principalmente, uma qualidade de som muito superior. Assisti, para já, a dois dos sábados em que o evento online se realizou e foi mesmo divertido!

2. Terapia de Casal: Há já algum tempo que ouvia falar maravilhas deste podcast, até porque sigo atentamente o blog da Rita da Nova, porém só agora é que me comprometi a ouvi-los regularmente, na minha rotina de exercício físico. "Terapia de Casal" é o podcast que pode acabar com o casamento do Guilherme Fonseca e da Rita da Nova, mas até agora estão a safar-se desse trágico destino. Talvez porque os terapeutas sejam mesmo bons, apesar não terem formação para tal - na verdade são humoristas como eles. Entre os convidados, já apareceram o Ricardo Araújo Pereira, a Bumba na Fofinha e o Salvador Martinha. Há ainda episódios sem nenhum terapeuta, em que são apenas os dois a ler mails que recebem dos ouvintes com as perguntas mais hilariantes. Os temas abordados são essencialmente uma sátira da vida a dois, como discutir na Internet, adormecer a ver séries, revelar ou não a existência de Exs, trair nos sonhos (?) entre outros temas, cada um mais aleatório do que o outro. 

3. Malinha da Cavalinho: Acho que é a primeira vez que coloco aqui um favorito relacionado com moda (é por isso que sou pobre, se tivesse um fashion blog estava a nadar em dinheiro), mas tinha mesmo que colocar este aqui! Sou uma rapariga tipicamente apaixonada por malas grandes, tal como já admiti aqui. Gosto de andar com uma quantidade absurda de tralha atrás de mim, garrafa de água, um livro ou o meu Kindle, maquilhagem para retocar... Contudo, ultimamente, tenho a andar a apostar mais em malinhas pequenas, até porque não dá jeito ir sempre com coisas grandes para todo lado, e também porque são peças mais clássicas. Por isso, fiquei apaixonada por esta malinha da Cavalinho quando a recebi. Tanto que o meu namorado, que ma ofereceu, já se arrependeu, porque esta paixão está a abalar a nossa relação - ok, estou a brincar, mas facilmente podia ser verdade, com uma mala assim. Aquilo que mais gosto nela - além do seu ar arrojado com a combinação de vermelho e azul - é o facto de ter vários compartimentos por dentro e por fora, o que aumenta consideravelmente a quantidade de tralha que posso transportar, dão mesmo imenso jeito! É o melhor dos dois mundos para uma pessoa que gosta de carregar a casa às costas mas quer apostar em acessórios minimalistas.

4. Maio Vazio: Maio, o mês mais académico de todos, este ano foi muito triste para todos os estudantes universitários. Até para mim, que já estou a ver "de fora", me custou ver perderem todas as festividades académicas que merecem. Sobretudo os finalistas e os caloiros. A Leonor é caloira este ano e, neste texto, partilha aquilo que é para ela um maio vazio, tal como o título indica. Mando-lhe um abracinho apertado e que as celebrações dos próximos anos compensem o vazio desta.

5. Story Diver: Para quem não viu no stories do meu Instagram, eu estou a reler a triologia "The Hunger Games" para poder ler o novo livro que a Suzanne Collins lançou, " The Ballad of Songbirds", que é uma prequela com o Snow na sua juventude (promete!). E, portanto, o vício de "The Hunger Games" voltou, parece que estamos em 2012 e eu tenho 16 anos outra vez. Quando estava a rever os trailers dos filmes (assim só pela nostalgia), cruzei-me com o canal "Story Diver" . Nos seus vídeos, a youtuber partilha teorias sobre os tributos, sobre como seriam as outras arenas anteriores, quais seriam os Quarter Quells se a revolução nunca tivesse existido... Há certas teorias que nunca me ocorreram, e reler a saga ao mesmo tempo que vejo estes vídeos está a dar-me uma visão muito diferente da história. O melhor de tudo é que a youtuber atualiza o canal frequentemente, e também está a ler o novo livro.


Como foi maio para vocês? Mais animado também?

(Foto: da minha autoria.)

19 comentários:

  1. Realmente este últimos meses têm sido duros...
    Acredito que no próximo ano, consigas passar um aniversário diferente.
    Beijinhos

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  2. Vês as coisas pelo lado positivo! Os meses anteriores foram bem mais complexos, pelo menos eu acho!!

    Beijinhos e força!
    Sandra C.
    bluestrass.blogspot.com

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    1. É verdade, agora começo a tornar-se tudo menos desgastante :).
      Beijinhos

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  3. Achei muito interessante atualmente esta sua postagens. Parabéns!
    Vale cap

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  4. Que tudo recomece lentamente...Adorei a publicação!
    -
    Areia molhada, e um silêncio no coração.

    Beijos e um excelente dia!

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  5. Embora a vida esteja a regressar ao normal, ainda há aspetos que nos deixam no limbo. E, em maio, sinto que também acusei esse desgaste emocional.
    Eu já gosto pouco de praia. Na situação atual, também dificilmente me apanharão por lá :p ok, só se for numa caminhada, porque estar esparramada ao sol, não, obrigada
    Adoro Terapia de Casal!

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  6. P.S. Que junho seja bastante generoso <3

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  7. Foi sem dúvida um mês diferente mas há sempre algo positivo para se extrair! Junho será ainda melhor :)
    Um beijinho*

    http://by-pattyy.blogspot.com/

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  8. Pelo jeito que as coisas andam por aqui, também passarei meu aniversário em quarentena. xD

    Beijo.
    Cores do Vício

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  9. Certamente que foi, para todos, um mês muito diferente do que é habitual mas, aos poucos e com todas as medidas de segurança, vamos voltando ao normal.

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  10. Confesso que este mês senti também a minha motivação a aumentar, mas notei também um cansaço mais extenso. Acho que depois de 2 meses fechada em casa, voltar ao normal deixou-me mais cansada do que o habitual, pois tive que desconstruir algumas rotinas que já tinha adaptado. Beijinhos ♥

    Maria Vieira

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    1. Tem que se ir aos pouquinhos, é como o nosso corpo após muito tempo sem fazer longos percursos :).
      Beijinhos

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  11. Estes meses não têm sido fáceis, mas à praia é que não consigo mesmo deixar de ir...

    Beijocas

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