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12.5.20

Livro: O Tatuador de Auschwitz


Ultimamente, têm-se verificado uma grande tendência entre escritores para abordar a Segunda Guerra Mundial nos seus livros. Se para alguns leitores isto virou uma moda que já irrita, para mim entusiasma-me, pretendo ler tudo o que estiver disponível. Sempre me interessou esta fase da História, já desde os tempos de escola, talvez por, em comparação com outros acontecimentos históricos, ser tão recente e, ainda assim, dos mais cruéis que já se viu. E então, quando se tratam de histórias reais de sobreviventes, tudo tem outro impacto. 

"O Tatuador de Auschwitz", inicialmente trabalhado como um guião, é obra de Heather Morris, que foi apresentada a Ludwidg Eisenberg, mais conhecido por Lale, que alegava ter uma história para contar. Esta apresentação mudou a vida de ambos, e deu lugar a este romance inspirado em em factos verídicos. Digo inspirado, porque Lale contactou com imensos prisioneiros e guardas, mais do que é possível contabilizar, pelo que algumas personagens são a junção de várias pessoas, assim como certos acontecimentos foram simplificados para serem mais fáceis de narrar. Contudo, os principais acontecimentos da história são bem reais, mais reais do que Lale teria desejado. 

Sinopse


Em 1942, Lale chega a Auschwitz-Birkenay. Ali é incubido da tarefa de tatuar os prisioneiros marcados para sobreviver gravando, com tinta indelével, uma sequência de números no braço de outras vítimas como ele próprio, criando assim aquilo que se veio tornar um dos símbolos mais poderosos do Holocausto.

À espera na fila da sua vez de ser tatuada, aterrorizada e a tremer, encontra-se Gita. Para Lale, um sedutor, foi amor à primeira vista. Ele está determinado não só a lutar pela sobrevivência mas também pela desta jovem.


A minha opinião


Todos sabemos o que acontece nos campos de concentração. A chegada em comboios cuja função anterior era o transporte de gado, as filas para serem marcados, o trabalho duro, a fome, o frio, o medo, as câmaras de gás... Por este motivo, nunca é fácil ler um livro que toque neste assunto. Porém, "O Tatuador de Auschwitz", sendo um romance na sua essência, torna-se um bocadinho mais fácil de ler. O nascer de um grande amor, mesmo nas condições desumanas de um campo de concentração, mostra que a humanidade que existe nas pessoas puras nunca morre, nem nos momentos mais cruéis. 

Aliás, acredito que tenha sido este amor que fez com que Lale tenha sobrevivido tanto tempo. Evitando entrar em detalhes para não vos estragar a leitura, é impressionante o instinto de sobrevivência deste homem! Ele safou-se de cada coisa mais impensável, e só uma pessoa extremamente motivada e com um objetivo na cabeça - neste caso, a esperança de poder construir uma vida normal com Gita - poderia ser tão astuto como ele, cujo corpo teve sujeito a todo o tipo de condições adversas. No lugar dele, teria sido muito  mais fácil para qualquer um de nós desistir. 

Apesar de este romance, ser obviamente, o ponto central dos relatos deste sobrevivente,  também é dado grande destaque a este instinto de sobrevivência. Sendo Lale um homem com bastante cultura para alguém das suas origens - principalmente o facto de saber falar várias línguas (entre elas, o alemão) - a certa altura deu por si a colaborar com o inimigo. Foi assim que chegou à posição de tatuador, uma posição lhe conferiu vantagens que outros prisioneiros não tinham, como ração extra e proteção. Invariavelmente, isto tornou-o, em pouco tempo, num dos prisioneiros com mais longevidade de lá. Além dos traumas do Holocausto com que teve de viver toda a vida, isto também contribuiu também para viver com o medo adicional de ser acusado de ser colaborador dos Nazis. É muito fácil para nós, que estamos numa posição privilegiada, dizer que preferíamos morrer com dignidade a colaborar com seres humanos tão cruéis, mas acredito que, no lugar de Lale, se possuíssemos as qualidades certas, nos aproveitaríamos delas para vivermos mais tempo, mesmo que isso significasse trair os nossos próprios valores. 

"O Tatuador de Auschwitz" revelou-se ser uma leitura bastante fluída, apesar do seu conteúdo pesado. Na verdade, era mesmo essa a intenção da autora, tornar o livro o mais suave possível, para que esta história pudesse chegar ao máximo de pessoas possível. Assim, não há mesmo desculpas para não ler esse livro. 


Livro: Wook; Bertrand.

(Nota: Esta publicação contém links de afiliados)

9 comentários:

  1. Acredito que seja um livro muito interessante de ler
    .
    Cumprimentos

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  2. Já ouvi falar muito bem, mas ainda não li :)

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  3. Olá!
    esse livro está na minha lista de leitura faz tempo, gosto de livros com essa temática e gostei de saber que apesar de ter um conteúdo pesado e forte a leitura fluiu bem.
    Espero conseguir ler em breve.
    Beijocas.

    https://www.parafraseandocomvanessa.com.br/

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  4. Eu já li! E tenho exactamente a mesma opinião que tu tens! Um livro muito bom, recomendo!
    Beijinhos
    https://ablondiehere.blogspot.com/2020/05/spring-inspiration.html

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  5. Que coincidência, li este livro na semana passada e escrevi hoje o post sobre ele a publicar na quinta. Concordo com a tua opinião. Lê-se muito bem e rápido. Demorei duas tardes a lê-lo. é viciante e acaba em bem como o leitor deseja. Recomendo tbm.

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