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27.2.20

Filme: Miss Americana (2020)

Filme: Miss Americana (2020)

Sou sincera, eu sou aquele tipo cliché dos apreciadores de Taylor Swift: gosto da música da artista, mas não gosto da personalidade dela. Não que acredite em todos os escândalos de que ela já foi alvo (todos sabemos que a imprensa é muito boa a despersonalizar celebridades), apenas a achei  desde sempre demasiado "menina certinha" e calculista. Portanto, a minha opinião pode estar um bocado influenciada por isto. No entanto, decidi ver este documentário da Netflix de mente aberta, porque talvez pudesse mudar a minha opinião acerca da Taylor Swift e, como foi um grande sucesso no Festival de Sundance, bem, eu queria saber a razão.


Sinopse


Com apenas 30 anos, ela é artista mais premiada da história dos AMAs, tendo recebido 10 Grammys. Após passar por controvérsias na carreira e vida pessoal, ela resolveu assumir o seu papel como intérprete, cantora e uma mulher influente. 


A minha opinião


"Miss Americana" faz, basicamente, um resumo da carreira de Taylor Swift, desde os seus 13 anos até à atualidade, com acesso a vídeos caseiros, filmagens de backstage de tours e acesso a todo o seu processo criativo na elaboração dos álbuns. Foca-se, principalmente, no seu crescimento pessoal ao longo dos anos, até ao momento em que se torna politicamente ativa. 

Estava a contar com um documentário que mostrasse ao mundo quem é a Taylor Swift por detrás dos holofotes. E o documentário tenta fazer isso, em vários momentos. Existem várias tentativas de mostrar vulnerabilidade por parte da artista, falando até de temas relevantes e com os quais muitos jovens se identificariam. Contudo, estas tentativas foram de tal forma calculadas e os temas abordados de forma tão superficial, que o resultado final ficou artificial. 

Um dos temas abordados foi a necessidade de aprovação dos outros. E, MEU DEUS, o quão este tema poderia ter feito a diferença no documentário se exposto da forma correta. Há uma fase na nossa vida em que todos nós queremos ser vistos como boas pessoas, agradar a toda a gente e ser uma boa influência. Eventualmente, isso vira-se contra nós, como aconteceu com a artista. Todavia, ao contrário de muitos de nós, não me parece que ela realmente tenha dado a volta por cima. A mim parece-me que ela continua a querer agradar aos outros, e esta produção é apenas mais uma das formas a que ela recorre para agradar aos fãs, e vender o produto em que, sejamos sinceros, ela se tornou: ela é uma marca que precisa de ser continuamente vendida nesta indústria que é a música. 

E onde está a fonte de inspiração das suas composições, os motivos que a influenciaram a escolher esta carreira, todas as coisas que a inspiram na sua expressão artística? Durante o tempo todo, eu só vi a preocupação por parte dela de dinheiro, estar no topo de vendas e ganhar prémios. Logo no início, vemos Taylor Swift a reagir negativamente por não ter sido nomeada para nenhum Grammy. Ok, todos nós gostamos de ser reconhecidos pelo nosso trabalho, mas é preciso reagir como se a sua vida dependesse disso? Uma realidade que sei que é comum a muitos artistas, but still, estava à espera de algo diferente da parte dela.

Para mim, "Miss Americana" foi isto, um anúncio publicitário de uma hora e meia. Talvez interesse aos mega fãs da cantora mas para quem, como eu, é um mera apreciador ocasional das suas músicas, não me acrescentou grande coisa. Não foi algo memorável como esperava, é apenas mais um documentário relativo ao mundo da música  que vou esquecer daqui a alguns dias que vi. 

6 comentários:

  1. Não acompanho muito atentamente o percurso da artista, mas gosto de uma ou outra música. No entanto, tenho alguma curiosidade em ver este documentário :)

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  2. fui ver por tua causa! estou a meio e até agora confirmo o que dizes. eu não sou grande fã da sua música, mas tenho imensa admiração pela enorme cruz que ela carrega constantemente em termos de opinião pública e analisando o documentário a única característica que ela transmite enquanto persongem é "gosto que gostem de mim" e repete isso em loop durante horas. não me sinto mais próxima dela enquanto artista, ou pessoa, mas continuo a acreditar que seja um ser humano extraordinário (pelo é com essa vibe que sempre a avaliei)

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    1. Disso não há dúvidas, ela carrega uma enorme cruz! Acredito que possa ser (caso contrário, não escreveria as músicas emotivas que escreve), mas não é isso que passa ao público, e gostava de conhecer esse lado dela, por detrás de toda a farsa de "menina certinha".

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  3. Vi esse documentário à toa, até porque só conheço uma ou duas musicas, as mais conhecidas. Mas foi interessante conhecer a sua história e todo aquele escandalo que ela passou.

    Acho-a girissima mas a cara dela irrita-me :P Também não gosto da musica dela, mas penso que tenha uma voz espetacular e que dá grandes shows!

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  4. Olá. Eu não sou apreciadora das músicas da Taylor, ouço uma ou outra quando são playlists aleatórias e pouco mais. A pessoa vem de uma classe privilegiada portanto comporta-se como se "os ventos tivessem que estar sempre a seu favor", então vendo desse prisma comporta-se como tal, porque não conhece o mundo sem os privilégios que tem desde o berço. O que é totalmente o contrário da minha realidade e por isso me tenha feito sempre muita confusão a maneira de estar dela.
    Mas, e apesar de tudo isso, vi o documentário e gostei bastante. Penso que o doumentário tem tudo aquilo que faltou no documentário mais recente da Beyoncé. Mostrou o seu processo como cantora, mostrou processo criativo das músicas, talvez a minha parte preferida, e mostrou um crescimento onde teve que aprender com a vida, que dinheiro e uma carinha bonita não lhe vale tudo. Mostra uma pessoa que cresce com as "chapadas de luva branca que recebe de colegas e dos meios de comunicação.
    Nºao passei a adorar a Taylor, tal como ela não deixou de "fazer birra com white people problems" mas é um documentário com cabeça, tronco e membros que me fez ver a profissão "cantora" de uma forma mais "real".

    Primeira vez que comento, prazer, sou a Ana e não tenho blog. :)

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    1. É isso que também me faz confusão a maneira de estar dela, às vezes parece que não reconhece que vem de uma posição mais privilegiada do que outras pessoas.
      Sim, deu para ver um pouco do seu processo como cantora, mas não senti que foi nada de impactante para mim. Ainda assim, gostei muito de ler a tua mini review do documentário, e sê muito bem vinda ao blog, volra quando quiseres :).

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