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21.3.19

Parem de me dizer para largar o meu telemóvel

Parem de me dizer para largar o meu telemóvel

Está a tornar-se moda aqui na Internet aparecerem publicações ou vídeos de influenciadores digitais a dizerem que estavam a começar a ficar muito viciadas nos seus telemóveis e que decidiram largá-los. Tudo bem, posso viver com isso, cada um faz o que quer. O que não está bem aqui é dizerem-nos para fazer o mesmo. Está a criar-se uma onda de protestos contra os telemóveis, e sinto que já não é possível estar a navegar pelo smartphone em público sem levarmos logo com um uns quantos olhares inquisidores ou uns quantos " Já estás outra vez no telemóvel?" se as pessoas se sentirem familiarizadas connosco.

Esta cena do detox digital é tudo muito bonita mas não é lá muito prática. É benéfico e às vezes aconselhável fazê-lo durante uns dias de vez em quando mas, sejamos sinceros, quantos de nós conseguiríamos fazer isto a longo prazo? Quantos de nós hoje em dia conseguiria viver sem um telemóvel? Os detox digitais são como as dietas malucas: não comemos nada (ou só suminhos) durante uns tempos, na esperança de emagrecer, mas depois precisamos de o nosso fornecimento calórico habitual  para ter energia e voltamos aos velhos hábitos.  Por muito assustador que possa parecer, os telemóveis já se tornaram quase tão indispensáveis da nossa vida como a comida. Atualmente, são quase uma extensão do nosso corpo. Ninguém sai de casa sem um. Qualquer pessoa que tenha que sair diariamente de casa iria ter muitas dificuldades em gerir a sua vida sem um telemóvel. 

Já houve uma altura em que os telemóveis eram facilmente dispensáveis. O meu primeiro telemóvel era um Motorola rosa cuja maior qualidade era ter muito estilo (o rosa diz tudo) De resto, pouco mais fazia. Só dava para fazer chamadas, mandar sms (que eram limitadas, porque não tinha os tarifários de agora, que permitem sms grátis) e pouco mais. Conseguia facilmente passar o dia sem tocar no telemóvel, este ficava facilmente no fundo da minha mochila, a não ser que não tivesse mais nada que fazer e me pusesse a jogar um jogo (que não vinha da App Store nem da Play Store,ainda não existiam). Naquela altura, ter um telemóvel era um luxo, não uma necessidade. 

Agora, as coisas estão muito diferentes. Os nossos telemóveis tornaram-se tão sofisticados que se tornaram uma presença praticamente obrigatória no nosso quotidiano, armazenando toda a informação das nossas vidas e que precisamos de gerir (contactos, agenda, e-mails, informações de pagamento,...), além de terem muitas apps que são grandes recursos (apps de saúde,desporto,economias...).  Juntando as redes sociais e jogos à equação,  o resultado é o mundo nas nossas mãos. 

O meu telemóvel é a minha vida. Dizer que o meu telemóvel é a minha vida pode parecer algo que as pessoas que são viciadas em tecnologias dizem mas, no fundo, é a mais pura das verdades. Como estudante (e, um dia, profissional) o meu telemóvel permite-me consultar o meu horário da faculdade, responder a mails em movimento, consultar o saldo da minha conta bancária, adiantar aquela apresentação que ainda não tive tempo de fazer em casa... Como blogger, permite-me responder a comentários do meu blog, atualizar as redes sociais, editar fotos e manter-me a par do trabalho criativo das outras pessoas. Como pessoa, permite-me entreter-me, manter-me a par das notícias e manter o contacto com pessoas cujas circunstâncias não me permitem estar com elas pessoalmente. 

Os media focam-se tanto nos estragos que os smartphones podem causar na vida das pessoas (privação de sono, stress, ansiedade, isolamento...), e nunca falam desta liberdade e da flexibilidade que estas tecnologias modernas podem trazer-nos. Claro que temos que saber usá-los com moderação, porque aí sim, podem ser prejudiciais. Porém,  isso é como em tudo na vida. Tudo o que é em excesso faz mal. Mas se estes, no geral, mudaram a nossa vida para melhor, e não temos que sentir vergonha de reconhecer isso. Não, não temos que parar de usar os nossos telemóveis. 

30 comentários:

  1. Ora nem mais! Acho que este texto resume aquilo que eu também sinto em relação a este assunto.
    Também sou da opinião que tudo o que é demais, se torna prejudicial, o problema é que existem pessoas que não sabem distinguir isso. Não é o 8 ou 80 que são preferíveis. O uso regular do telemóvel já faz parte de quase tudo na nossa vida, profissional e pessoal. Só temos de saber usá-lo da melhor forma.

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  2. Eu sou sincera, não vivo sem o meu telemóvel mas consigo estar um dia inteiro sem ir ao telemóvel, seja sms, chamadas e redes sociais. Ás vezes sabe bem. Vamos a um café, bar, wtv e vejo toda a gente naquela mesa agarrado ao telemóvel e não a falar uns com os outros e penso mesmo que raio estão ali a fazer? Enfim, é só a minha opinião.

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    1. Eu também consigo, principalmente se estiver em boa companhia :). Nunca faço isso, quando estou com as pessoas, o telemóvel está sempre de lado.

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  3. Eu tenho uma visão um pouco diferente. Ainda hoje me esqueço frequentemente do telemóvel e sou capaz de passar o dia todo sem lhe mexer. Quando vou de férias para locais sem internet não me custa nada estar offline. Apesar de confessar que ele é útil para o meu trabalho, seja para pesquisar alguma atividade ou para pôr uma música para todos dançarmos. Uso-o com muita moderação e tento não lhe mexer muito quando estou em casa. Mas reconheço as vantagens, claro. Simplesmente não as uso...

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    1. Não creio que seja uma visão assim tão diferente. Usas o teu telemóvel com muita moderação, sim, mas se analisares bem as coisas também não consegues viver sem ele :).

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  4. Tens razão. Desde que os telemóveis sejam usados com moderação, não há mal nenhum, pode até ser benéfico!

    Beijinhos,
    Ella Morgan
    moonlightfelicitydestin.blogspot.com

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  5. Não temos de parar de usar os telemóveis, e eu não tenciono fazê-lo :)

    Beijinho
    Carla Ribeiro - Blog

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  6. Um mal da humanidade é viver sempre de extremos: neste caso, ou usa o telemóvel ao extremo ou quase que tem de se desfazer dele. Para mim, isso não faz qualquer sentido, porque o segredo passa mesmo por essa moderação, pelo equilíbrio. Claro que perdemos muita coisa por andarmos sempre conectados, mas temos outros benefícios.
    Quando as pessoas perceberem que o segredo está no meio termo, as coisas deixarão de ser tão dramáticas

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    1. Eu não sinto que perca muita coisa por causa do meu telemóvel, porque sei largá-lo nos momentos que realmente importam :).

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  7. Os smartphones são os computadores portáteis dos dias de hoje. Eu não utilizo muito. Os meus dedos não acertam com teclas tão pequeninas e mesmo um portátil que tenho (hibrido), passa semanas sem ser ligado. A única coisa que me irrita nas pessoas, é o facto de conduzirem a falar ao telemóvel, atravessarem a rua com os phones (a ouvir música) e virem contra mim na rua ou nos centros comerciais, por não verem por onde andam. Todas as tecnologias, desde que bem utilizadas, são bem vindas. E quem sou eu para criticar, quando na década de 80 passava a noite agarrado ao ZX Spectrum? Adormecia a jogar... eheheh
    Mas fico capaz de apedrejar a família, quando nos encontramos para almoçar e confraternizar e apanho com os velhos de setenta e tal anos que passam o almoço a filmar e a enviar vídeos do almoço para as redes sociais e acabamos por não confraternizar nada.
    A família mais velha da minha Maria, parecem putos, agarrados ao smartphone. xD

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    1. O problema não está nos telemóveis, mas no facto de muitas pessoas não os saberem usar com moderação. Todas essas coisas também me irritam muito xD.

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  8. O problema é que não sabemos usá-los com moderação. E contra mim falo, atenção. Nós não somos capazes de estar a conviver sem ir mexendo no telemóvel. Beber um café ou esperar pelo autocarro deixou de ser só isso, é ver sempre um telemóvel na mão. É um mundo e facilita-nos a vida, mas ela também se faz sem esse bichinho. Agendas e caderninhos sempre existiram e servem o mesmo propósito. Calendários e relógios igualmente. Jornais, revistas, rádio e TV idem. Demoras mais tempo a tomar conhecimento de notícias e outras coisas... mas o facto é que é possível.

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    1. Para mim, felizmente, não é assim :). Adoro estar na paragem de autocarro simplesmente a observar as pessoas, quando saio com as pessoas o telemóvel passa para segundo plano e no estudo/trabalho a mesma coisa. Sim, mas sejamos sinceros, para muita coisa ter um telemóvel é quase uma exigência, por exemplo para poderes contactar pessoas a nível profissional.

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  9. Eu confesso, adoro o meu bichinho, não vivo sem ele, mas sou das chatas que diz ao pessoal para largar o telemóvel. Em que situações? Quando é suposto estarmos a conviver ou quando há outras prioridades: no café, quando estamos em casa na conversa, quando era suposto estarmos a despachar uma tarefa qualquer, quando é quase uma falta de respeito estar no scroll enquanto há alguém a quem devíamos prestar atenção...isso faz-me confusão, a sério. É muito útil, claro, mas faz-nos perder muito tempo e convívio humano se nos deixarmos levar pelo "vício".

    Jiji

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    1. Aí é perfeitamente compreensível. Quando é suposto estarmos a dar atenção a outras coisas, é mais do que aceitável dizer isso!

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  10. São opiniões,...não ligues!
    Beijinhos,
    Espero por ti em:
    strawberrycandymoreira.blogspot.pt
    http://www.facebook.com/omeurefugioculinario
    https://www.instagram.com/marysolianimoreira/

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  11. Tudo tem que ser usado com moderação.


    Isabel Sá
    Brilhos da Moda

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  12. Eu acho que se já vivemos bem sem telemóveis conseguiríamos voltar a faze-lo. É muito mais prático sim senhora mas concordo que são prejudiciais. Acredita que ninguém está na mesma mesa que eu sempre ao telemóvel, isso é uma tremenda falta de respeito.

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    1. Com a forma como o nosso mundo está organizado, não. Para isso acontecer, muita coisa teria que mudar no nosso mundo, ele já está organizado à volta das tecnologias.
      Nisso concordo, comigo também não estão assim!

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  13. Como em tudo, é muito fácil cair-se em extremismos! Acho que o melhor mesmo é saber usar as tecnologias de forma equilibrada :)

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  14. Concordo plenamente com algumas das coisas que escreveste e percebo perfeitamente o teu ponto de vista e "revolta"! Também já caí nesse erro de pensar que o telemóvel me estava a fazer mal quando na verdade, a culpa desse mal não é do telemóvel mas sim da forma como o uso, do conteúdo que consumo. Dizer que um detox digital de vez em quando é essencial é como querer banir todo o chocolate da dispensa para evitar que, num momento de descontrolo, acabemos a comer uma tablete em 5 minutos.
    Gostei muito!

    Beijinhos,
    Mara
    BLOG Há mar e Mara & Instagram

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    1. Exato, aquilo que temos que mudar é a forma como o usamos, não bani-lo.
      Adorei essa comparação xD!

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  15. Os telemóveis são mesmo indispensáveis e um bem necessário aos nossos dias, pelas vantagens que tu enumeraste e muitas mais. No entanto, acho que vivemos demasiado dependentes deles e contra mim falo. Compreendi o teu texto perfeitamente, mas acho que essas chamadas de atenção para largarmos o telemóvel é porque, de facto, estamos a viver muito mecanizados e muito colados na tecnologia. A mesma veio ajudar-nos em muita coisa do dia a dia, mas também nos veio afastar muito uns dos outros.
    Tu referes e bem, a moderação, mas acho que o problema central está no facto de haver muito pouca gente a saber moderar o seu uso. E é triste "ver-nos" mais dependentes dos telemóveis do que das relações humanas, há excepções, mas de certeza que já foste jantar fora ou tomar café e reparaste que as pessoas cada vez conversam menos e o scrool torna-se mais importante.
    Mais uma vez, gostei de ler a tua publicação. Beijinhos :)

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    1. Compreendo aquilo que estás a tentar transmitir, mas mantenho aquilo que já fui dizendo. Aquilo que tem que acontecer não são detox digitais, são mudanças na forma como vemos e usamos os telemóveis :). É como dizer às pessoas que, para diminuírem os acidentes de carro, estes têm que deixar de existir, em vez de dizerem para conduzirem com mais cuidado.
      Obrigada <3.
      Beijinhos

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  16. Eu acho que cada um faz o que quer e pronto. A mim o discurso era sempre o oposto "Fica atenta ao telemóvel, demoras horas a responder, nunca atendes...". Sempre fui muito desligada das tecnologias e, por isso, dou pouca importância ao telemóvel e sempre senti uma pressão enorme por parte das pessoas por causa disso. Cada um lida com o telemóvel e as tecnologias como quer. Não há uma regra!

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    1. Ahahah, o discurso que eu oiço é "nunca atendes, tens sempre o telemóvel em silêncio" xD

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  17. Não acho incriminatorio usar o tlm até porque também eu uso e muito mas q.b quando estamos num jantar de família ou em convívio com amigos para usufruir de um bem tão bom que é a presença fisica! :)

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  18. É mesmo difícil largarmos o telemóvel mas eu tento fazê-lo que tenho oportunidade. Quanto mais não seja por 2 ou 3 horas por dia.

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  19. Bom artigo como sempre!
    O telemóvel acabou sempre por ser um complemento do meu trabalho. Consigo continuar a trabalhar em algumas coisas desde que saio do trabalho, nos transportes, até chegar a casa. O que acaba por ser uma grande vantagem.

    Acredito porém que existam muitas outras pessoas que não retiram os lados mais benéficos da tecnologia, mas isso é com tudo, computadores, tablets, etc. Mas eu sou mais do tipo de consumir livros digitais, ler publicações sobre a minha área de trabalhar e responder a e-mails nos transportes públicos enquanto não chego ao escritório :)

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    1. Obrigada :).
      Isso sim, é que é saber tirar proveito das tecnologias sem cair em excessos. As tecnologias são uma excelente ferramenta na vida profissional.

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