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12.12.18

Vamos parar de ter vergonha dos livros de autoajuda


Admitir que lês livros de autoajuda é a mesma coisa que cometeres suicídio social (que momento tão "Mean Girls" eu vivi agora). As pessoas quase que têm um enfarte de cada vez que ouvem essa palavra.  É um dos géneros literários mais ridicularizados e, por um lado, dá para perceber porquê. Muitos livros de autoajuda prometem coisas irrealísticas ao seus leitores: riqueza, uma vida amorosa perfeita, fim de todos os problemas, um incentivo para mudar de cidade e virar hippie... Mas também existem muitos outros inspiradores, cheios de lições que nos incentivam a ser melhores, a sermos mais motivados, a lutarmos mais por aquilo que queremos. Contudo, esses são frequentemente ofuscados pelo típico estereótipo de livros de autoajuda.

Atualmente, este tipo de obras  tornaram-se ligeiramente mais mainstream  com o lançamento de livros que estão na linha que divide os livros biográficos e autoajuda, tornando-os mais aceitáveis aos olhos da sociedade. Livros como " #Girlboss", " Big Magic" ou " The Art of Not Giving a F*ck" estão a ganhar cada vez mais popularidade. Ainda assim, ler livros de autoajuda é algo que escondemos frequentemente, até encontramos alguém entusiástico como nós. Só aí é que ganhamos coragem para mostrar a nossa estante e partilhar a nossa paixão.

Eu adoro ler livros de autoajuda, e não tenho medo de admitir. Talvez se deva ao facto de eu ser uma pessoa muito fechada no que diz respeito a partilhar os meus problemas, e sinta necessidade de me virar para algo. Ou talvez porque simplesmente goste de os ler. E não tenho que justificar este gosto, da mesma maneira que não justifico porque gosto de romances ou thrillers. Muitas pessoas provavelmente admitiriam isso, se este género literário não tivesse tão má fama.

Porque é que os livros de autoajuda tem má fama? Porque assumimos que as pessoas que lêem este género não sabem tomar decisões por elas próprias e precisam que alguém lhes diga o que fazer e, quando não existe esse alguém, viram-se para os livros. Nem imaginam o quanto estão errados!

Os livros de autoajuda não são para nos dizer o que fazer (odeio os livros que são assim). Servem para nos dar umas luzes sobre aquilo que podemos ser ou que poderíamos ser se nos esforçássemos mais. Servem para nos inspirar com histórias de pessoas com jornadas semelhantes às nossas (ou com jornadas totalmente diferentes mas que, de alguma forma, acabam por se assemelhar à nossa em alguns pontos). Servem para retirarmos de lá umas quantas frases inspiradoras para escrevermos na nossa agenda e relembrarmo-nos sempre delas. Servem para nos fazer ver aquilo que ainda não tínhamos visto em nós próprios. São um bom complemento das opiniões daqueles que nos são próximos ou até mesmo de profissionais. 

Portanto, vamos parar de consumir livros de autoajuda em segredo. A ânsia de querer descobrir como ser um ser humano melhor é natural, e demasiado importante para ser abandonada por vergonha. Da próxima vez que foram a uma livraria, avancem sem medos para a estante da autoajuda. 

11 comentários:

  1. Adorava conseguir ler livros de auto ajuda, mas, na verdade, não consigo mesmo. Chateiam-me, perco a paciência...

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    1. Se calhar é porque ainda não leste os certos :). Experimenta ler o Big Magic, por exemplo.

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  2. As pessoas têm todo o direito de se identificarem mais ou de se identificarem menos com determinados géneros literários. No entanto, isso não lhes dá permissão para ridicularizarem os gostos dos outros. Não faz qualquer sentido, porque cada um é livre de ler o que bem lhe apetecer, sem culpas e sem necessidade de validação. «E não tenho que justificar este gosto, da mesma maneira que não justifico porque gosto de romances ou thrillers», subscrevo, é exatamente isto!

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    1. É mesmo isso! É incrivel como até na literatura existem formas de discriminação.

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  3. Eu já li um e vergonha de o dizer é zero, ajudou-me e bastante.

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  4. SUPER CONCORDO COM SEU POST. Acho que ao menos as pessoas têm que respeitar caso já leram e não gostaram, mas o que costumo ver são pessoas que nunca leram e lançam milhares de críticas. EU AMO AUTOAJUDA e sempre li e vou ler.

    http://www.submersaempalavras.com/

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  5. Ainda se fosse só os livros,....ainda há pessoas que têm vergonha de expressar a sua crença, ou a sua escolha de futebol, ou política,....
    Beijinhos,
    Espero por ti em:
    strawberrycandymoreira.blogspot.pt
    http://www.facebook.com/omeurefugioculinario
    https://www.instagram.com/marysolianimoreira/

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    1. Infelizmente,há discriminação em todo o lado e nem a literatura escapa.

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  6. Não devemos ter vergonha. Os livros são importantes e ninguém tem de se sentir constrangido por ler seja o que for

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  7. Eu leio cada vez mais e tenho gostado muito! Esse eu tenho aqui em casa mas ainda não comecei a ler. Adorei o "Tu és uma durona", recomendo! Beijinhos*

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