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5.3.18

Reflexão Movie 36: Faz aquilo que queres e ai de quem o impeça!


Os fãs de "The Room" gostam deste filme por diversas razões: as frases que de tão terríveis se tornam tornaram icónicas, a insistência da Lisa a dizer que não gosta do Jonny, a história do cancro que só aparece por acaso uma vez para nunca mais ser falada,... Mas foi através do filme " Um Desastre de Artista" que compreendi aquilo que a produção de Tommy Wiseau realmente representava. Eu senti-me incrivelmente inspirada com a sua história. Se esquecermos todo o mistério que existe à volta dele, o seu sotaque terrível, o dinheiro que vem sabe-se lá de onde, a má atuação, os diálogos terríveis ou, pior ainda, o próprio guião, vemos um homem que tinha uma paixão implacável por algo e lutou por isso com uma vontade impassível. Um homem que queria fazer algo e ser conhecido por algo e que, quando lhe travaram o caminho, criou o seu próprio caminho. E há uma certa beleza nisso.

Quantas vezes desistimos de algo por sentirmos que não éramos bons o suficiente? Quantas vezes desistimos de algo por não conseguirmos ser os melhores nessa área e, portanto, mais valia nem o fazer? Quantas vezes desistimos de algo porque simplesmente nos disseram que não fomos feitos para aquilo? De quantos sonhos já desistimos por não correspondermos da sociedade?

Muitas vezes, deixamos que a sociedade crie limites para aquilo que podemos fazer e para aquilo que podemos ser. Deixamos que ela decida por nós o lugar onde pertencemos e aquilo que devemos fazer. Deixamos que seja ela a criar as regras e a moldar a nossa imaginação. Aceitamos, casbisbaixos e sem rispostar, que nos fechem portas e nos impeçam de seguir certos caminhos. 

Vivemos constantemente com a necessidade que as pessoas aprovem os nossos sonhos, e sentimos que não os podemos seguir se não formos considerados bons nisso. Somos, muitas vezes, o melhor amigo de Tommy Wiseau, Greg Sestelo, antes de o ter conhecido. Amedrontados, num palco, gagos, desesperadamente à espera de aprovação. 

Mas o Tommy Wiseay não era assim. Ele nunca teve receio de ser ele próprio mesmo quando, talvez, devesse. Não teve medo de atuar no meio de cafés, de ser rejeitado continuamente em castings, de fazer alta cena no meio de um restaurante nem de produzir o seu próprio filme. Mesmo quando o seu suposto drama foi alvo de grandes gargalhadas por parte de uma plateia inteira, Tommy aceitou com graciosidade a comédia que nunca era suposto o ser. Ele manteve o seu sonho vivo independentemente de tudo.

Se calhar devíamos ser mais como o Tommy Wiseau. Mesmo que não queiramos perseguir uma carreira de cinema, temos mais em comum com ele do que pensamos.  Todos nós já nos sentimos perdidos em algum momento das nossas vidas. Já nos sentimos rejeitados e excluídos de algo E talvez aquilo que precisemos não seja de mais oportunidades, mas sim de uma fé inabalável nas nossas paixões e de uma persistência quase a roçar na teimosia, para criarmos as nossas próprias oportunidades e dizer um " vai-te lixar" a quem nos tentar impedir.

( Post inserido no projeto " Movie 36", criado pela Lyne do blog "Imperium", em parceria com a Sofia do blog " A Sofia World" .  Participantes: Inês Vivas, " Vivus" ;  Vanessa Moreira, " Make It Flower";  Joana Almeida, " Twice Joaninha" ; Joana Sousa, " Jiji"  ; Alice Ramires, " Senta-te e Respira" ; Sónia Pinto, "By The Library" ;  Francisca Gonçalves, " Francisca"  ;  Inês Pinto, " Wallflower" ;  Carina Tomaz, " Discolored Winter";  Sofia Ferreira, " Por onde anda a Sofia?";  Sandra, " Brownie Abroad";  Abby, " Simplicity"; Sofia, " Ensaio sobre o Desassossego" )

16 comentários:

  1. Estou mesmo curiosa para ver ambos os filmes. Eu nem sabia da existência do "The Room". parece ser uma história tão inspiracional!
    Por onde anda a Sofia?-Instagram

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    1. A história em si não é inspiracional xD, mas a maneira como foi feita é.

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  2. Encontro uma grande verdade nas tuas palavras porque como toda a gente também já iniciei projectos e desisti a meio porque acreditava não serem bons o suficiente. Obstáculos mentais.

    Tenho mesmo de ver este filme :D

    Miss DeBlogger

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    1. Também eu :(, obstáculos mentais a que temos que resistir.

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  3. Neste caso, acho que o resultado acaba por ser algo secundário, porque o mais importante é mesmo a dedicação, a perseverança, a luta pelo nosso sonho. Desistimos muitas vezes de nós, do que nos faz bem, do que nos interessa experimentar por causa desses pensamentos e dessas imposições da sociedade. Acho, muito honestamente, que é hora de pararmos de dar prioridade a esses limites e, se for preciso, atirarmo-nos de cabeça para aquilo que queremos muito. Se correr mal? Paciência! Recomeçamos noutro ponto.
    Precisamos de acreditar mais em nós. E de, como referes e bem, ter «uma fé inabalável nas nossas paixões», porque se permitimos que sejam os outros a defini-las nunca chegaremos onde queremos.

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    1. É mesmo,o resultado é secundário, o que importa é a nossa vontade e o factonde fazermos aquilo que queremos. Desistimos do que nos faz bem só por acharmos que não podemos ser os melhores. Mesmo que não possamos ser os melhores,temos é que fazer aquilo que nos faz feliz.
      É como se costuma dizer, se não formos nós a decidir alguem vai decidir por nós.

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  4. Mesmo sem ver os filmes...consigo perceber o que dizes. E realmente, às vezes vale mesmo a pena lutar - nem que seja pela oportunidade de aprender e melhorar! A ver se meto isso na cabeça, faz mais sentido do que eu gostaria de admitir...obrigada por isto :)

    Jiji

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    1. O que admiro mesmo no Tommy Wiseau é isso, para ele o fracasso não existe :).

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  5. Confesso que nunca vi o filme :))Gostei do que li, :)

    Hoje: - {Poetizando e encantando} ...Promessas
    .
    Bjos
    Votos de uma feliz Terça-Feira.


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  6. Cherry, aconselhas a ver primeiro The Room ou The Disaster Artist?

    Gostei muito da reflexão e acho mesmo que não nos devemos deixar levar pelos padrões da sociedade, mas sim criar o nosso próprio caminho.

    Beijinhos, Ensaio Sobre o Desassossego

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    1. Depende, dá das duas formas. Eu vi primeiro o The Room e achei-o bastante estranho. Depois vi o The Diseaster Artist, voltei a ver The Room e aí comecei a apreciar mais as piadas do filme.
      Podes fazer como eu ou podes ver primeiro o " Yhe Diseaster Artist" :). Dá para ver o filme perfeitamente sem veres o outro, porque é uma história de persistência e amizade. Obviamente que não percebes algumas piadas, mas se calhar até te aguça a curiosidade para veres " The Room" e torna a experiência mais engraçada.

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  7. Este é o filme que preciso de veeer <3
    Beijinhos

    https://simply-neca.blogspot.com/

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  8. Ainda não vi os filmes, mas concordo com o que escreveste. Lutar pelo que queremos e acreditamos devia ser sempre aquilo que está em primeiro lugar. Tenho mesmo de ver esses filmes :)

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  9. Olá olá!
    Adorei o post, não vi nenhum dos filmes mas tenho imensa curiosidade... só ainda não tive tempo!
    Beijinhos :)

    pimentamaisdoce.blogspot.pt

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  10. Bem, quero ver este filme! A forma como o descreves diz-me muito!

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