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29.5.16

Acreditar no destino é uma armadilha


Acreditar no destino é uma armadilha. Pode parecer uma ideia muito bonita, romântica até , pensar que o nosso destino está escrito em algum lugar, que desde que nascemos já estamos destinados a ser alguém, a conquistar alguém e a fazer alguma coisa. Tudo isto é muito bonito, mas se acreditarmos demasiado no destino, este torna-se numa armadilha.

Se acreditarmos demasiado no destino, acreditaremos que todo o mal que nos acontece já estava destinado a acontecer e que não podemos fugir a este. Há ainda quem finja que acredita no destino para fugir a qualquer tipo de responsabilidade pelos seus atos, para dizer " a minha vida está assim, mas eu não tenho culpa".

Não me parece que seja esta a melhor atitude. É claro que acredito que certas coisas na minha vida não aconteceram por acaso, mas não me posso deixar-me  levar demasiado por esta crença. Sinto-me uma privilegiada, porque sei que muitas pessoas não nasceram com as mesmas condições do que eu nem nunca terão muitas oportunidades que eu tive. No entanto, esperar que algo aconteça na nossa vida ou esperar que alguém apareça milagrosamente não me parece a melhor maneira de aproveitar os poucos anos que vivemos neste mundo.

É realmente assustador termo-nos que responsabilizar pelos nossos atos. Termos que admitir que, quando algo corre mal, a culpa foi exclusivamente nossa, em vez de culpar entidades divinas ou o destino. É realmente assustador, sufocante e aterrorizante. Contudo, é necessário. Pois admitirmos os nossos erros é o segundo passo para a mudança.

O primeiro passo é libertarmo-nos da crença no destino. Ao libertarmo-nos desta crença, assumimos o controlo da nossa vida, começamos a ver mais claramente  aquilo que está bem e o que está mal, aquilo que nós queremos mudar e aquilo que não queremos. E isso aproxima-nos mais da vida com que sempre sonhamos para nós.

Se não formos nós a tomar as decisões da nossa vida, alguém o fará por nós. E, acreditem,  poderá não ser o destino,  poderão ser outras pessoas que irão tirar proveito da nossa situação.

Já algum tempo decidi que iria assumir o controlo da minha vida. Que iria arriscar mais, perdooar mais, amar mais, divertir-me mais, chorar quando é preciso ( porque alivia a alma), ter menos medo, sonhar mais, criar mais, lutar mais. O que quer que faça, vai partir da minha cabeça e não em crenças.

Fomos colocados aqui, livres. Não vamos agora deixar que crenças como a no destino nos prendam. Vamos esperar que a vida nos passe diante os olhos, ou vamos tomar as rédeas da nossa vida?

7 comentários:

  1. Compreendo perfeitamente o teu ponto de vista, apesar de acreditar que algumas coisas estão destinadas a acontecer, não devemos ficar a espera que tudo aconteça sozinho.

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  2. Sou das maiores apologistas de que se queremos algo, temos de lutar para o ter. Está tudo nas nossas mãos, e acho que isso dá um sentido de poder incrível. Somos donos da nossa vida, o que quer dizer que podemos fazer acontecer! E isso é maravilhoso. Mas compreendo o outro lado, quando se falha a culpa também é nossa: não tentámos o suficiente, não fizemos o necessário... Por isso é mais fácil dizer que "o destino não quis". Mas eu confesso que não gosto de coisas fáceis, prefiro algo que dê luta, por isso estou contigo: vamos tomar as rédeas das nossas vidas! É uma das melhores coisas que podemos fazer :)

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  3. Respeito e compreendo a tua opinião mas tenho um ponto de vista diferente do teu.

    Na minha opinião, acreditar no destino não é nenhuma armadilha como se pode ver nos seguintes exemplos:
    1. Uma pessoa nasce num país, numa cultura, numa classe social. Que culpa tem ela disso tudo? Nenhuma
    2. Outra pessoa lhe aparece um cancro, é claro que ela não tem culpa e não queria estar nessa situação
    3. Há profissionais de saúde que tem todos os cuidados para não apanharem o coronavírus e mesmo assim foram contaminados cuidando do próximo
    4. Ou aquela pessoa que mudou de escola, vai para uma turma nova e sofre de bullying. Ela não tem culpa nenhuma das pessoas que calharam na sua turma com mau caráter e não pode controlar as atitudes e palavras negativas dos seus colegas.
    5. E os alunos que acabam uma licenciatura com média de 16 valores, mandam muitos currículos e não conseguem encontrar emprego na sua área. Não podem controlar as atitudes e palavras da outra pessoa para que seja aceitado. Muitos acabam por mudar de área, são aceites e bem sucedidos.
    6. Uma pessoa que conduz com muito cuidado, respeita os limites de velocidade e mesmo assim teve um acidente que lhe tirou a vida porque um animal de porte grande apareceu repentinamente à sua frente
    7. Ninguém decide se amanhã vai estar um dia de sol ou de chuva
    Entre tantos outros casos imprevisíveis.

    Basicamente não somos nós que criamos o nosso destino, não somos nós que controlamos o que vai acontecer/ aparecer na nossa vida tal e qual como podemos ver nos exemplos anteriormente referidos.
    Os nossos sonhos podem estar sincronizados com o destino e serem realizados de acordo com ele logo à primeira ou não. Se não estiverem sincronizados, a pessoa vê que tem de mudar objetivo, de rumo, luta por ele e consegue! Simplesmente só podemos controlar e ser responsáveis pelas nossas atitudes e palavras, a maneira como reagimos às circunstâncias imprevisíveis (boas e más) que não controlamos, que o destino tem para a nossa vida. Sempre respeitando os nossos sentimentos e do próximo incluindo as diferenças :)

    Gosto muito do teu blog! Adoro a tua maneira de escrever e os teus conselhos! Continua assim! Parabéns!!
    Beijinhos

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    1. Compreendo a tua opinião e os teus exemplos, mas acho que aquilo te referes são mais condições pré-destinadas do que o destino final. Eu vejo a ideia de destino mesmo como o resultado final, porque muitas pessoas podem ter mesmo essas "condições de nascença" mas o caminho que decidem construir pode ser muito diferente uns dos outros.

      Tal como disse na altura em que escrevi o post, gosto de acreditar que algumas coisas estão destinadas (mais recentemente, acredito que ter conhecido o meu namorado foi o destino), mas acredito que temos mais poder na nossa vida do que pensamos :).

      Muito obrigada, volta sempre que quiseres <3.
      Beijinhos

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    2. Sim percebo o que estás a dizer mas para mim é tudo destino xD incluindo as nossas decisões xD

      Acho que devemos sempre ouvir a nossa voz interior, o nosso instinto, a nossa intuição, o sexto sentido ao qual também lhe chamo destino pois não se controla o que se sente antes de tomar qualquer decisão ;) ele está sempre certo!!! por mais que o nosso livre-arbitro diga o contrário ;)
      Seja algo bom ou mau (fatores externos) que o destino tem para cada um de nós é uma lição de vida, devemos ver o lado positivo de tudo e se seguirmos a nossa intuição, vai correr tudo bem e vai livrar-nos de dores de cabeça :)

      Mas é a minha opinião, tu tens a tua e está tudo bem! É interessante ver pontos de vista diferentes :)

      De nada! Oh muito obrigada! O teu blog é mesmo uma inspiração :)
      Beijinhos

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    3. Eu não consigo viver de acordo com esse pensamento, para mim o livre-arbítrio é muito importante :).
      Mas gostei de ler a tua perspetiva :).

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    4. Pois mas o meu pensamento é derivado a várias circunstâncias que passei na minha vida ;)
      Obrigada :)

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