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27.1.18

Somos uma geração paralisada pela escolha?

Somos uma geração paralisada pela escolha?

Às vezes, quando oiço as histórias que pessoas mais velhas partilham comigo, aquelas em que dizem " no meu tempo" vezes sem conta, penso no quanto a vida parecia ser mais simples antigamente, pelo menos em certos aspetos. Claro que existiam muitas outras dificuldades pelas quais eu estou grata não ter que passar (a fome, a falta de condições de higiene, a falta de liberdade...), mas também existiam mais certezas. É inacreditável pensar que, aos 20 anos, muitas pessoas já tinham uma carreira estável, estavam casadas, tinham filhos e objetivos de vida bem definidos. Nesse tempo, se fizéssemos um estudo sobre todos os jovens, veríamos que uma grande parte estava já a avançar e a atingir objetivos ao mesmo ritmo.

Mas quando olho para a nossa geração, vejo que não poderíamos ser mais diferentes. Olho em volta para os meus amigos e colegas, e todos nós estamos a seguir o nosso próprio caminho. Alguns de nós estamos a terminar o curso, outros entraram agora na universidade, outros foram logo trabalhar, outros decidiram ir para o estrangeiro, outros já estão a morar com as suas caras metades....

Somos a geração que tem, mais do que nunca, acesso a todo o tipo de informação e oportunidades. Se queremos saber algo, já não precisamos de passar horas numa biblioteca, basta uns minutos no Google para obtermos a informação que queremos. Se queremos falar com alguém, não temos que visitar a pessoa, usar um telefone fixo ou escrever uma carta, basta uns cliques e enviamos uma mensagem. Se queremos comprar uma peça de roupa nova, temos milhares de lojas por onde escolher. Temos tantas alternativas para tudo que seriam impensáveis no tempo dos nossos pais e avós.

Vivemos numa época entusiasmante para nós, jovens. Nunca tivemos tantas chances quer a nível profissional, quer a nível de vida, quer a nível de liberdade, e as mulheres têm sido particularmente beneficiadas. A sociedade já não espera que assentemos aos 20 anos, e as mulheres já não têm que ficar em casa para cuidar dos filhos.

Ter muitas opções, muitas possíveis escolhas, um mundo infinito de oportunidades parece ser incrível, não é? A verdade é quem nem sempre o é. Ter a possibilidade de fazer tantas escolhas pode estar a fazer com que não estejamos a fazer nenhuma de todo. Em vez de passarmos para a ação, muitas vezes ficamos com medo de fazer o que quer que seja, ficamos como que paralisados, sem saber o que fazer.

Estamos tão stressados e pressionados a viver a nossa melhor vida, a encontrar a pessoa certa, a escolher a profissão certa, a casa certa, etc., que não conseguimos decidirmo-nos em nada, questionamo-nos se as decisões que já tomámos foram as mais acertadas ou, pior, se já deixámos passar excelentes oportunidades porque acreditávamos que outras melhores viriam. Claro que pode poderão existir oportunidades melhores pelas quais vale a pena esperar, mas e se nos já tiverem sido dadas as mais promissoras? Será que já deixámos passar as melhores coisas da vida com medo de estarmos a tomar uma má decisão?

Parece que a  maior dificuldade aqui não será nas escolhas em si, mas naquilo que significam. Escolher algo ou alguém significa fazer um compromisso, e fazer um compromisso significa descartar as outras opções, fechar portas e apostar todas as nossas cartas em algo que pode ou não resultar. 

É absolutamente avassalador fazer uma escolha hoje em dia, tanto que acabámos por ficar parados no mesmo sítio. Eu própria me sinto culpada por isto: já deixei passar tantas oportunidades por achar que melhores viriam. Umas vezes foi uma boa decisão, outras vezes nem por isso, mas aquilo que eu concluí  é que eu não iria a lado nenhum sem fazer opções.

E é isso que eu quero recordar hoje a todos os jovens. Lá porque existem muitas opções não quer dizer que exista uma perfeita para nós, e acreditar nisso impede-nos de avançar. Não precisamos de ter a carreira mais invejável, a melhor casa, o carro mais topo de gama, comer nos melhores restaurantes nem de sermos famosos. Precisamos é de ser felizes, independentemente do que tenhamos ou sejamos. E não o seremos se não arriscarmos e formos demasiado ponderados. Porque é melhor decidirmos fazer algo e darmos o nosso melhor, mesmo que no final se revele ser a coisa errada para nós, do que não tentar de todo.

59 comentários:

  1. Sensatas palavras! Obrigada pela reflexão :)

    Um beijinho,

    https://anaritaferreira83.blogspot.pt/

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  2. Olá!
    Concordo contigo. Assiste-se a uma inércia na juventude que junta muitas vezes a incapacidade de escolher e a preguiça ou facilitismos. É andando que se vai, todos erramos, mas paralisar é impedir uma vida!
    Beijinhos
    minorkisses.pt

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  3. Bem, Cherry, há algum tempo que não lia um texto teu tão interessante!
    Não concordo apenas com o 4.º parágrafo. Apesar de haver mais categorias de profissões, não acho que o mundo do trabalho esteja assim tão entusiasmante para os jovens. Há muito desemprego, muito desrespeito pelo trabalho de quem se licenciou há pouco, ainda há quem aceite estágios sem receber dinheiro e uma série de coisas que me fazem dizer que não está fácil para ninguém, nem para os jovens.
    Acho, também, que "beneficiadas" não é a palavra que queres usar, pelo menos não no seu sentido mais real. Porque as mulheres não estão a ser beneficiadas, estão a impor-se mais, a lutar pelos direitos que consideram ter, pela liberdade que outras gerações de mulheres não conseguiram ter, o que é realmente inspirador, quando é uma luta com sentido e sem radicalismos.

    De resto, bom texto! Devias escrever mais coisas assim, com conteúdo que dá realmente que pensar! :)

    A Sofia World

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    1. Muito obrigada <3.
      Sim, sem dúvida que o futuro também parece muito desesperante para os jovens. É cada vez mais diifícil arranjar emprego em muitas áreas.
      Realmente, " beneficiadas" não foi uma escolha muito feliz, de facto as mulheres lutaram imenso para termos os direitos que temos hoje.
      Muito obrigada Sofia :). Vou ter em conta a tua sugestão, vou pensar em mais temas :).

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  4. Concordo, embora não ache que antigamente haviam carreiras estáveis, mas mais um desejo de ganhar dinheiro e ter melhores condições de vida independentemente no tipo de trabalho e, a cada oportunidade que lhes era dada agarravam-na com força. Hoje é o inverso, há tanta, mas tanta coisa que se torna dificil escolher. Às vezes realmente penso "E se já deixei passar as melhores oportunidades" Por isso, acho muito útil investir em autoconhecimento na forma de listagem de objetivos (há exercicios giros pela internet), resposta a questões para ajudar a perceber e a nos focar naquilo que realmente queremos.
    Por onde anda a Sofia?-Instagram

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    1. Sim, talvez fosse mais isso, mas o que é certo é que havia menos indecisão, quanto mais não seja porque a sobrevivência estava em jogo.
      Eu faço listagem de objetivos mas nunca fiz esses exercicios, tenho que pesquisar, obrigada pela sugestão :).

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  5. Adorei o texto!
    Acho também que, com tanta coisa ao nosso redor, muitas vezes nos perdemos no meio de tudo isso, distraindo-nos daquilo que é realmente importante. Felicidade e saúde acima de tudo!

    Beijinhos!
    MESSY GAZING

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  6. Pois é, Margarida, na minha opiniao, estás certíssima em grande parte do teu raciocinio.
    No entanto, lembra-te que, a maioria dos jovens da tua idade, sofre de inércia não por ter muitas opções (nós também as tínhamos), mas por estarem habituados a que alguém (os pais, falo contra mim) faça as escolhas por eles. Quando têm mesmo que decidir por si, são assaltados pelas dúvidas e pelos medos, no fundo pela inexperiência e pela falta de capacidade de fazer uma escolha. Obviamente, estou a generalizar, seguindo exactamente a tua linha de pensamento. O que achas do meu ponto de vista? O meu filho, tem 14 anos e eu incentivo-o a fazer as escolhas dele desde muito pequeno. Sempre lhe disse para pensar pela sua própria cabeça e não pela dos outros! Agora tenho em casa um adolescente todo opinioso e que "dá luta", mas prefiro, a ter um indeciso, hihihi!

    (Desculpa o testamento!)

    Beijinhossssss
    Carla

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    1. Eu não diria que é a maior parte. Uma grande parte sim, mas também existe uma grande parte que tem ambição e que quer lutar pelos seus sonhos. Mas sim, existem jovens que não sabem escolher porque os pais fizeram isso por eles toda a vida, e eu vi muito isso no secundário, uma fase em que somos obrigados a tomar as nossas próprias decisões.
      Acho que é uma excelente forma de educar um filho. A tentação é muitas vezes proteger e tomar decisões por eles porque " porque ah e tal, são pequenos", mas depois é mais dificil.
      Não faz mal, sente-te à vontade para escreveres o quanto quiseres e dares a tua opinião :)
      Beijinhos

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  7. É bom sentir que os tempos mudam. E que hoje há muitas mais oportunidades do que há uns anos. No entanto, como em tudo, existe o outro lado da moeda. E eu sinto que, por termos tanta possibilidade de escolha, acabamos por ficar mais confusos e com o nosso futuro do avesso. Além de que a pressão é muito maior.
    O texto está excelente! E não posso deixar de destacar uma frase que me parece central: «Estamos tão stressados e pressionados a viver a nossa melhor vida, a encontrar a pessoa certa, a escolher a profissão certa, a casa certa, etc., que não conseguimos decidirmo-nos em nada»

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    1. Há sempre desvantagens para tudo, infelizmente.
      Muito obrigada :).

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  8. O último parágrafo diz tudo. Não vejo qualquer problema quando alguém não sabe exatamente o que quer, desde que continue a trabalhar para descobrir. Mas é triste ver pessoas presas a algo que não desejam, apenas para corresponder às expetativas dos outros.

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    1. É mesmo triste ver isso, ver pessoas a viver de acordo com as "regras" da sociedade em vez de se guiarem pelas suas próprias ambições.

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  9. Completamente verdade, concordo com as tuas palavras e identifico-me porque muitas das vezes dou comigo a fazer essas questões, sem saber o que fazer, a pressão....
    Enfim.. o importante é ser feliz e ter saúde, o resto é luta.
    Beijinho

    doce-branca.blogspot.pt

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  10. Tanta verdade. Quando ouço os meus pais a falar sinto-me mesmo sortuda por tudo que tenho e por todas as dificuldades que não tive de passar, no entanto, acho que eles eram tão ou mais felizes antes. Era tudo mais simples, de certa forma.
    É verdade que temos muitas escolhas e muitas portas por seguir e, quem sabe, já não teremos negado algo que seria benéfico para nós. Daí devermos aproveitar e ponderar as oportunidades que nos vão sendo apresentadas, sem esperarmos por algo que pode não chegar.

    Parabéns, como disseram em cima, é um bom texto para nos fazer refletir.

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  11. Adorei o teu post! Estou a concluir a minha licenciatura, finalmente !! Mas por outro lado, tenho medo do que aí vem. Nunca gostei a 100% do meu curso e assusta-me a incerteza do mundo do emprego. E tomar decisões não é a coisa mais fácil. Penso, penso e penso e não consigo tomar a atitude. Muitas vezes até sei o que quero mas tenho medo de agir e tomar a atitude errada. Ter tanta opção de escolha não é bom, pois torna ainda mais dificil uma decisão.

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    1. Obrigada :).
      Não te conheço portanto não sei por aquilo qie estás a passar, mas sei que os cursos nunca nos dão uma visão exata daquilo que a profissão vai ser. Talvez quando trabalhares na tua area gostes mais, e se nao gostares vais sempre a tempo de mudar :). Alem de que nhnca ninguém gosta de um curso a 100%, existem sempre coisas que nos desagradam.

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  12. Escolha a mais está provado ser pior do que pouca escolha.... Sem dúvida!

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  13. Gostei muito do texto. Enquanto jovem tenho que admitir que a escolha é imensa e, quando tomamos a decisão, fico sempre com aquele bichinho "serei que tomei a decisão certa". No entanto, acho que apesar do grande leque de escolhas, também a competitividade é maior. Ou seja, quando procuramos um trabalho as condições que nos oferecem são piores do que antigamente. Agora somos todos descartáveis. Antes, quando se arranjava um trabalho, normalmente era para a vida. Agora é para 6 meses.
    Um beijinho grande*
    Vinte e Muitos

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    1. Obrigada :).
      Na verdade, o facto de existirem tantas pessoas por onde escolher é que faz com que a competividade seja maior. Mas é mesmo verdade, principalmente a parte dos empregos agora serem para 6 meses. Já não existe estabilidade em lado nenhum.
      Beijinhos

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  14. Palmas para este texto! Não podia concordar mais contigo!
    Mais um excelente post para refletir! :P

    amarcadamarta.blogspot.pt

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  15. Parabéns pelo texto que merece leitura atenta e reflexão!

    Hoje:- Sou terra e mar...Sou sol e lua
    -
    Bjos
    Votos de um Domingo Feliz.

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  16. Grande texto :D
    É verdade que os jovens hoje em dia têm muito por onde escolher em termos profissionais, mas não é assim tão interessante ou entusiasmante como se pode pensar. Há todo o tipo de trabalhos, empresas e patrões. Nem sempre os ordenados ou horários de trabalho são realmente sensatos ou correspondem à publicidade que lhes fazem. E hoje em dia os jovens fogem muito das responsabilidades e preferem boa vida ou vida fácil, como quiseres ver a coisa xD
    Eu diria que se pensasse há 10 anos como penso hoje, provavelmente não teria escolhido o mesmo curso e nem tinha feito certas escolhas, mas na altura foi assim. E acho que todos pensamos assim alguma vez na vida: será que fizemos as escolhas certas? Será que devia ter escolhido isto? Será que devia fazer antes assim?
    Passe o tempo que passar, iremos sempre colocar as nossas escolhas em causa e iremos sempre olhar para os "novos tempos" como algo que não havia no nosso tempo... e a verdade é mesmo essa: não havia tantas facilidades nos estudos, nas saídas noturnas, e em tantas outras coisas. :)

    Make it Flower

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    1. Muito obrigada <3.
      Sim, de facto, não é muito entusiasmante nessa perspetiva. O desemprego é algo que me assusta bastante agora que estou a começar a entrar na reta final do meu curso. Muitos, nem todos nós somos assim, há quem continue a trabalhar e a esforçar-se.
      Acho que todos nós faríamos algo diferente no passado, mas também os erros que cometemos contribuíram para aquilo que somos hoje.
      Sem dúvida que hoje temos muitas mais facilidades, e temos que sabê-las usar em nosso favor, o que nem sempre é fácil :).

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  17. Acho que referiste tópicos muito interessantes e importantes que refletem aquilo que se passa connosco jovens, porque acho que todos devemos sofrer um pouco com isso. Porque a pressão que colocamos sobre nós mesmos ou que nos é colocada por outros de sermos sempre os melhores a tudo e atingir o máximo a tudo por vezes pode prejudicar mais que ajudar.
    Como disseste cabe-nos a nós não ficarmos paralisados pelo medo e pelo facto de qua algo melhor pode aparecer sempre, porque se há situações em que se aplica, noutras não se aplica mesmo. E o que interessa não é ter tudo o que nos pode ser mostrado como o ideal, é atingir o ideal do que nós mesmo pretendemos.
    Gostei muito do texto :)

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  18. A vida é sem dúvida mais complexa e exigente a cada dia que passa, evoluímos constantemente, mas na verdade o que seria de nós se assim não fosse? É complicado, é verdade! E por mim falo, porque também o sinto, principalmente no que toca a decisões, mas não será o facto de a vida ser difícil que torna a vida um desafio que queremos tanto viver e nos mantém por cá? Eu acredito que sim, porque se não me sentisse desafiada todos os dias não sentia necessidade de fazer alguma coisa e a motivação de viver seria nenhuma. Temos coisas em excesso, talvez seja verdade, mas acho que é nas coisas positivas que nos temos de apoiar e lutar, porque não temos de aderir a tudo, ainda não somos obrigados a usufruir de tudo o que está à nossa disposição, ainda podemos enviar cartas, ligar pelo telefone fixo, passar horas na biblioteca à procura de alguma informação. Todos nós é que nos habituamos ao que seria mais instantâneo por ordem da preguiça e do querer fazer menos por mais. Somos uma geração que sempre teve tudo à mão e se habituou demasiado rápido a isso. Só depende de nós mesmos contrariar essa realidade em conta peso e medida. Somos o que quisermos dentro de uma racionalidade humana, mas somos e fazemos mesmo o que quisermos. A vida é bonita, se na verdade fizermos com que seja.

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    1. Exatamente, se a vida não fosse desafiante não teria piada.
      Tocaste num ponto muito interessante. De facto, não temos que usar todos os meios à nossa disposição, e sempre podemos utilizar os antigos. Para mim, as bibliotecas e as cartas nunca terão o mesmo encanto que as tecnologias. E acho importante que não deixemos estes meios morrer por causa da preguiça e do facilitismo.

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  19. Como adoro vir ao teu blogue, concordo contigo excepto em relação ao 4 parágrafo, pois estou a passar por uma situação de não conseguir arranjar uma carreira, se é porque somos velhos é porque somos velhos, se é porque somos novos é porque somos novos, infelizmente esta sociedade a nível profissional ainda não sabe bem o que quer.

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    1. Deve estar a ser muito difícil para ti, lamento que tenhas que passar por essa situação :(. Não sei mesmo o que eles querem. Os mais velhos têm que se manter de alguma forma, e os mais novos têm que ganhar experiência.

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    2. Hei de conseguir algo, não posso é desistir.
      Obrigada por todas as mensagens de força nos meus posts :)

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  20. Concordo com o que disseste, é tudo tão verdade, fomos desde cedo tão pressionados a fazer A escolha perfeita, percebi que a vida era injusta ao obrigar-nos a escolher quando no 7º ano tive que escolher entre música e artes plásticas, quando adorava as duas.
    Somos pressionados a escolher o melhor curso secundário, o melhor curso de ensino superior e o melhor emprego.
    Falta as pessoas dizerem "se não fores por esse caminho, haverão outros caminhos que te vão fazer igualmente feliz".

    MRS. MARGOT

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  21. Concordo plenamente no entanto as coisas caminham desta forma em sociedade pelo que não é uma escolha nossa não ter uma vida definida aos 20 anos quando nos obrigam a estudar até aos 18.

    Yellow Rain

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    1. Sim, de facto, isso inviabiliza essa possibilidade, mas por um lado ainda bem que assim o é, a vida não teria tanta piada se tivéssemos a vida toda definida aos 20.

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  22. Por acaso até agora tenho agarrado todas as oportunidades. Mudei de trabalho, ainda que fosse um risco. Demos o passo de vir para a nossa casa, apesar de termos alguns receios. Adicionámos um cachorro à família, apesar de sabermos todos os custos inerentes. Se foi assustador? Sim. Tive sempre medo de estar a dar um passo em falso. Mas a verdade é que não podemos ficar para sempre parados, com receio do que poderá surgir com alguma decisão. Tudo se resolve. O único assunto que nos assusta mais e temos deixado em stand by é o ter um filho. Há de surgir o momento ideal e quando surgir é agarrá-lo como temos feito com tudo o resto. Sem medos. Arrisquem! ;)

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    1. Isso é que é viver sem medo de arriscar! Tomares decisões assim mostra muita garra e coragem da tua parte e, como se costuma dizer, " a sorte protege os audazes" :).
      Há-de surgir o momento certo, e quando esse momento chegar, acredito que o saberão :). Muitas felicidades para os dois :).

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  23. r: Que bom, fico contente :)

    Beijinhos e boa semana*

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  24. Eu sinto que estamos a "avançar" rapidamente em tudo o que não é realmente necessário. Não precisamos de novos tlm a sair de 5 em 5 meses por exemplo. Precisamos de descobrir ainda muita cura para tudo e mais alguma coisa, mas fazem o oposto, ainda criam é mais vírus.
    No que toca a trabalho, pelo que sei, antigamente era fácil para se conseguir muita coisa, e as pessoas tinham mais a oportunidade de escolher algo que gostassem mesmo de fazer, e hoje em dia, queres ser algo, mas és obrigada a optar por escolher uma coisa nada haver só para teres como sobreviver e sair de casa dos pais...
    Vivemos muito com base no dinheiro e não em aproveitar as coisas à nossa volta.
    Fazer o quê né?

    AZUENTURE

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    1. Também sinto isso. Estão a ser criadas coisas completamente desnecessárias, quando o que nós precisamos é de avanços em outras áreas, como a Medicina.
      Nem sempre é assim. Tem que haver um equilíbrio entre o que gostamos e entre aquilo que dá empregabilidade. Se optamos só por aquilo que gostamos, ficamos no desemprego. Mas se escolhemos só tendo em consideração o factor emprego, acabamos frustrados e não conseguimos ser bons profissionais. Nem sempre é possível, mas temos que lutar por isso.
      Verdade, acho que a sociedade está muito centrada no dinheiro.

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  25. Uma bela reflexão!
    Beijinhos,
    Espero por ti em:
    strawberrycandymoreira.blogspot.pt
    http://www.facebook.com/omeurefugioculinario
    https://www.instagram.com/marysolianimoreira/

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  26. Mais um excelente post!
    Só discordo de uma coisa, não acho que a nossa geração esteja mais beneficiada profissionalmente. Acho que oportunidades não faltam, mas são oportunidades que não servem! Empregos precários, a receber o salário mínimo e a falsos recibos verdes (ou seja pagam-te a recibos verdes mas tens de cumprir um horário à mesma e depois dos descontos ficas com uma miséria que não dá para viver decentemente). Quantos jovens hoje em dia, na casa dos 20, não precisam da ajuda (mesmo que seja pontual) dos pais? É uma realidade...

    De resto, acho que somos uma geração muito mais proactiva, criativa no que se refere a criar as suas próprias oportunidade. E sim temos um excesso de informação o que nos faz querer fazer e experimentar tudo, há que aplicar um filtro :)

    Claudia - Mulher XL
    www.mulherxl.pt

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    1. Pois, realmente, nessa parte, são oportunidades que a maior parte das vezes não servem. Hoje em dia, já não temos estabilidade. Muitos de nós estamos na casa dos nossos pais até tarde, e aqueles que não estão precisam da ajuda pontual dos pais como tu disseste :(.
      É mesmo preciso aplicarmos um filtro para nos focarmos naquilo que realmente nos interessa :):

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  27. Gostei muito do teu texto e não podia estar mais de acordo. Hoje temos tantas coisas por onde escolher que acabamos por ficar confusos e sem saber qual a melhor opção para nós. Acho que a maturidade e a idade também nos vão ajudando a fazer as nossas escolhas e a tornar as coisas mais claras, mas é óbvio que nunca temos 100% de certezas acerca de uma decisão que tomamos.

    Beijinhos grandes,
    http://inesmartinsxx.blogspot.pt/2018/01/alo-dreamers-como-foi-esse-fim-de.html [novo post]

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  28. Reflexão muito boa! Penso nisso várias vezes... Ainda me lembro quando estava a acabar o ensino secundário, lembro-me da pressão de escolher se ia ou não para a universidade, qual o curso, se ficava nos Açores ou se ia para fora, etc. Hoje em dia já tento ter mais calma e faço escolhas com base na minha felicidade.
    Beijinhos

    Blog Florescendo

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    1. Obrigada :). É como eu, tento fazer as minhas escolhas com base na minha felicidade, é difícil, mas no fim é isso que importa.
      Beijinhos

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  29. Como tudo na vida nada é 100% bom ou mau, é como dizer, antigamente havia coisas melhores e hoje haverá outras que nos são mais favoráveis, no entanto, a infinidade de escolhas por vezes faz com que não saibamos para onde ir, enquanto que já uns anos atrás, havia quase que um caminho já trilhado que todos seguiam à risca. Sem dúvida que as coisas mudaram muito, e em alguns casos, para melhor.

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  30. Concordo inteiramente contigo quando dizes que é "absolutamente avassalador fazer uma escolha hoje em dia". Aliás esta frase descreve exatamente o sentimento de muitos jovens e adultos também. Eu sinto muito isso. Escolher é díficil porque ainda nos falta entender que as escolhas não são (ou não têm de ser) para sempre.
    Beijinhos e parabéns por este texto!

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  31. Excelente reflexão, Cherry :) Gostei bastante desta tua publicação!
    E já agora deixa-me dar-te os parabéns pelo domínio próprio no blogue ;) És incrível miúda! Continua com o excelente trabalho que tens feito! Sabes que adoro o teu blogue e é maravilhoso vê-lo crescer :)

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    1. Muito obrigada pelas tuas palavras e por me acompanhares tão fielmente <3. A tua opinião significa imenso, sobretudo vindo de uma rapariga incrível como tu.
      Beijinhos

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