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15.4.17

10 razões pelas quais a auto aceitação é tão difícil


( Pequeno aviso: Amanhã  e na segunda, não haverão posts. Estarei com a minha família a aproveitar  a Páscoa. O blog volta ao ativo dia 18 de abril. Até lá, desejo-vos uma boa Páscoa, com muitos doces e boa companhia).


Uma das perguntas mais recebo frequentemente é como ultrapassar as nossas inseguranças/aceitarmo-nos a nós próprios. Ao início, eu respondia às pessoas individualmente, por mensagem mas, dado a frequência com que recebo este tipo de perguntas, pensei em fazer uma série de posts sobre o assunto, sendo este, portanto, o primeiro de muitos.

Primeiro de tudo, o que é a auto aceitação? A auto aceitação é aceitarmo-nos a nós próprios, com todas as nossas qualidades e defeitos, sem julgamentos. Nem sempre é fácil, e nem sempre todos nós o conseguimos.

Sentes-te inseguro/a quando olhas aos espelho? Estás sempre a pensar nos teus defeitos em vez de pensares nas tuas qualidades? Achas que nunca és bom/boa o suficiente? Sentes vergonha de partilhar os teus interesses? Há uns anos atrás, também me sentia assim. Foram precisos anos e anos de muita luta para conseguir, finalmente, aceitar-me e gostar de mim. Ainda hoje, é uma batalha que travo todos os dias, porém, com o tempo, tudo torna-se mais fácil.

A auto aceitação é, portanto, um caminho longo a percorrer, uma batalha difícil de travar, que exige muito esforço, treino e dedicação. Aceitarmo-nos tal como somos é, por vezes, extremamente difícil, por causa das razões que vou falar a seguir.

Aviso, desde já que, à primeira vista, este post irá parecer muito negativo, e vai parecer que estou a reforçar ainda mais as inseguranças das pessoas. No entanto, penso que, antes de falar, futuramente, em outros posts sobre a minha experiência pessoal e como aceitarmo-nos a nós próprios, é importante falar nas razões pelas quais este processo é tão difícil. Uma vez identificadas essas razões, será muitos mais fácil de ultrapassar as inseguranças e receios.


1. Tu pensas que tudo é tua culpa: Tu culpas-te por tudo aquilo que aconteceu na tua vida, especialmente eventos que ocorreram no início desta, sobre os quais não tinhas nenhum controlo. Por exemplo, podes culpar-te do divórcio dos teus pais. Por vezes, é muito difícil libertarmo-nos dessa culpa, e percebermos que não podemos controlar tudo.

2. Tens que enfrentar expetativas irrealistas e injustas: Se és uma pessoa introvertida, é provável que, neste momento, te estejas a confrontar com a realidade de uma sociedade cheia de extrovertidos. Na verdade, ser extrovertido não nos torna melhores do que ninguém, é só um traço demasiado valorizado, infelizmente. Também poderás estar a confrontar-te com as expetativas dos teus pais, que querem que tenhas um certo tipo de vida e que te tornes um certo tipo de pessoa quase obrigatoriamente. Lidar com expetativas como estas pode ser bastante avassalador, tanto que nos esquecemos daquilo que realmente queremos para nós.

3. Tu achas que não és bom/boa o suficiente: Começaste por te sentir "deslocado/a" na tua infância, e assim continuaste pela tua vida adulta. Existiram pessoas na tua vida que te fizeram acreditar que não és bom/boa o suficiente, e ouviste isso tantas vezes que começaste a acreditar também. Quebrar este padrão de pensamento negativo é uma tarefa complicada, no entanto, com muito esforço, é possível reverter a situação.

4. Pões condições na tua auto aceitação: Tu acreditas que só vais conseguir aceitares-te completamente quando atingires x objetivo ou tiveres x coisa, como boas notas, um namorado, um certo número de amigos  e/ou um bom emprego. A parte mais difícil deste mau hábito é que as tuas condições estão sempre a mudar ao longo dos anos, o que adia a tua auto aceitação.

5. Sentires-te fora do controlo deixa-te inseguro/a: Quando, por exemplo, terminas um relacionamento ou perdes um emprego, uma das coisas mais difíceis com que tens de lidar é o sentimento de que perdeste controlo sobre a tua vida. Sentes-te frustrado/a porque o teu esforço e desejos não foram suficientes para impedir que isso acontecesse. Quando te encontras numa situação destas, achas sempre que foste a causa de determinado acontecimento, e és tu que tens que mudar para não voltar a acontecer o mesmo, o que nem sempre é verdadeiro.

6. Estás a tentar viver de acordo com as normas sociais: Estás a tentar a viver a vida que a sociedade diz que é suposto viveres, o que significa ir para um curso dito bom na universidade, ter um bom emprego, casar, ter filhos., etc, o que nem sempre esse é o caminho de toda a gente. Infelizmente, a sociedade criou padrões, na minha opinião, estúpidos, que faz com que as pessoas que não se encaixam nesses padrões se sintam inseguras e inferiores.

7. Não tens um círculo social que te conforte e apoie: É muito difícil sentires-te confiante quando a tua família, namorado/a ou amigos te estão constantemente a deitar abaixo. Por vezes, nós estabelecemos inconscientemente relações com pessoas reforçam os nossos pensamentos negativos sobre nós próprios. Sair destas relações tóxicas é uma grande luta que exige muito esforço, principalmente quando não nos achamos merecedores de mais.

8. É mais fácil esquecer as tuas qualidades, e concentrares-te no que é negativo: Quando desenvolvemos um padrão de pensamento negativo, é muito mais fácil concentrares-te nos teus defeitos do que nas tuas qualidades, mesmo que, neste momento, sejas incrivelmente bom/boa em algo. A pior parte deste tipo de pensamento é que estes se reforçam a eles próprios. Por exemplo, se acreditas que não és bom/boa a fazer amigos nem te sais bem em situações sociais, é muito provável que evites este tipo de situações, o que só vai piorar as coisas.

9. Tens vergonha de partilhar os teus gostos, objetivos ou sonhos: Tens vergonha de partilhar os teus interesses, porque achas que são demasiado estúpidos ou parvos, e tens medo de seres gozado/a. Pensas que só assim as pessoas se relacionarão contigo. A verdade é que isto acaba por prejudicar as tuas relações porque, não partilhando os teus interesses, as pessoas não se conseguem identificar contigo, pensam que não tens personalidade, e acabam por não se ligar a ti.

10. A auto aceitação é algo que exige muita prática: Quebrar padrões de insegurança e pensamento negativos que duraram anos não é algo que se consiga de um dia para o outro. É algo que existe muito treino, empenho e dedicação. Terás que contrariar os teus pensamentos negativos todos os dias, acreditar que és bom/boa o suficiente e acreditar nas tuas qualidades/capacidades. Durante muitos anos, continuarás a sentir inseguro/a ( na verdade, poderás continuar sempre, mas todos nós temos as nossas inseguranças), mas um dia serás capaz de olhar-te ao espelho e aceitares a pessoa que és.


E vocês? Identificaram-se com alguns destes pontos? Já batalharam ou estão a batalhar contra as vossas inseguranças?

4 comentários:

  1. Já passei por fases em que a minha auto aceitação estava bem lá em baixo. Aos poucos aprendi a aceitar-me e a ver o melhor de mim. É um processo que demora algum tempo mas quando chegamos ao destino vale muito a pena!

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    1. Compreendo perfeitamente, porque também tive que passar por este processo. Sim, no final vale mesmo a pena!

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  2. Ter-me identificado com todos os pontos deixou-me um bocadinho assustada 8D É melhor rir para não chorar, ai é é *suspiro*

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    1. Pensa assim: identificares um problema é o primeiro passo para o resolveres :).

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